Quando o cavalo viu Paulo se aproximar, lhe disse:
– Por favor senhor, tire-me daqui. Estou sofrendo muito há muito tempo, mas agora o senhor vai me soltar não vai?
Paulo então respondeu: – Eu não sou nenhum qualquer, pra ficar dando trela para um cavalo magro a beira da morte. Acha que irei perder meu tempo aqui com você? Eu sou o filho do grande fazendeiro Artur, portanto não irei sujar as minhas mãos com esta corda imunda.
O pobre cavalo então lhe disse: – Há dois anos atrás, passou por aqui um moço, dizendo que era filho do grande Artur, porém não acreditei nele depois dele ter me negado socorro, pois Artur e sua esposa, dona Kelly, são as pessoas mais bondosas da região.
Paulo ao ouvir isso, deu uma grande gargalhada e saiu estrada afora. Enquanto isso, sua mãe se orgulhava do filho, pois ela sabia que Paulo estava bem, porque a sua plantinha estava cada vez mais bonita.
Dias depois, Paulo chegou numa cidade e logo começou a beber, jogar e a se envolver com prostitutas. Foram dez dias de farra, que lhe custou todo dinheiro que seu pai lhe deu, sobrando apenas a parte da sua mãe.
Durante a viagem, Paulo pensava em gastar ou não gastar o dinheiro que lhe restava, afinal de contas esse dinheiro era pra ser gasto apenas com caridades… CONTINUA